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O QUE ESPERAR DO INESPERADO

  • Foto do escritor: Jeff Peixoto
    Jeff Peixoto
  • 8 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

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Controlar o tempo sempre foi um dos dramas da humanidade. Controlar as ações do acaso, fazer previsões, programações, ter uma agenda, tudo isso nos causa a falsa impressão de que estamos no controle. Mas não estamos!

Você vai dormir e já imagina saber exatamente o que vai fazer no dia seguinte. Tem uma programação bem ajustada e cronometrada, quase infalível. Em geral, esse comando quase sempre acaba dando certo e tudo sai realmente como o programado. Mas e quando alguma ação externa atravessa o seu caminho e põe toda a sua ideia de controle por água abaixo? Uma ação do tempo, um acidente, um incidente, uma intromissão ou mesmo um destrambelho sobrenatural podem alterar tudo, mexer com a sua rotina e fazer com que se tenha certeza de que você, de fato, não está no controle tanto assim.

Mas o que esperar do inesperado? Bem, é exatamente a ausência de resposta para essa pergunta que torna a vida fascinante. São as surpresas que emocionam! Mas o inesperado age de todas as formas, coisas boas, coisas ruins... não temos como descobrir, nem sequer imaginar. Toda antecipação que se tente, minimiza o “esperado”, mas não serve de nada diante do “inesperado”. Eu já ousei acreditar na teoria de Philip K. Dick, exposta no conto Agentes do Destino (Adjustment Team) publicado pela primeira vez na revista Orbit Science Fiction, em 1954. O conto foi adaptado para o cinema em 2011, no filme Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau), estrelado por Matt Damon e Emily Blunt. A teoria é de que existe um grupo de agentes “sobrenaturais” que interferem na realidade humana, agindo diretamente na vida de todos nós, atuando tanto na causa como no efeito das coisas.

Hoje em dia, prefiro acreditar que seja Deus o responsável por esse enigmático “inesperado”. Onisciente, onipresente e onipotente, é o Único que poderia agir guiando nossas vidas, dando e tirando como se tivesse um roteiro perfeito para cada um. Mas aí, cada qual acredita no que quiser.

Mas, de onde veio essa ideia de escrever sobre o “inesperado”? O certo é que nunca sei previamente o que escreverei nesta coluna. Sento diante do computador e fico pensando, pensando... até que surja um bom tema. E desta vez o tema surgiu de forma inesperada por demais. Eis que uma abelha surge pela varanda e resolve pousar exatamente sobre meu dedo e dar-me uma picada dolorosa. Nem com bola de cristal eu poderia prever tal ação, há séculos não vejo uma abelha e olha só! Uma picada do inesperado. O dedo começa a inchar e me impossibilita de continuar escrevendo... O que esperar do inesperado? Até escrevendo, quieto no meu canto, pode acontecer algo que fuja do meu domínio e compreensão. Nunca se sabe quando uma abelha pode picar você!

 
 
 

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©2019 por Jeff Peixoto.
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